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quarta-feira, 9 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher


Li este tweet “@Lucas_lol: @samegui Mas, acho que o feminismo é injusto se visto como um machismo inverso. Deve se batalhar por igualdade, não dominação.” e pensei "concordo em parte, mas igualdade não! A batalha deveria ser agora pelo respeito às diferenças!"

Entendo que toda revolução vem acompanhada de atitudes extremas e radicais. O feminismo mais radical garantiu nosso direito ao voto, ao estudo, ao trabalho, leis como a Maria da Penha e, porque não, a um maior respeito pela mulher.  Concordo também que ainda é preciso fazer muito em relação à violência contra mulher e reconhecimento profissional, mas o radicalismo também trouxe resultados não muito agradáveis.

Vejo meninas tratando os meninos como objetos (não lutamos para não sermos tratadas assim?), mulheres terceirizando seus filhos ao extremo, pois precisam provar que são tão boas quanto os homens; milhares de homens perdidos sem entender seu novo papel na sociedade; fora mulheres na dupla, tripla, quádrupla...jornada de trabalho tentando ser profissional, mãe, dona de casa, esposa... Já não deveríamos estar buscando nos aproximar mais de um ponto de equilíbrio?

Felizmente tem crescido o número homens mais participativos em casa e na educação dos filhos. Vejo muitas mulheres empreendedoras na busca por uma solução que lhes permita trabalhar próximo aos filhos, ou ao menos ter horários mais flexíveis. Este seleto grupo, reconhece que homens e mulheres são diferentes e, de alguma forma, pode e quer o equilíbrio, buscando se adaptar a este nova realidade. Infelizmente isto não é possível para todos. E as mulheres que possuem profissões que não permitem trabalhar em casa, ou não tem um lado empreendedor forte?

Ainda falta o governo e empresas reconhecerem estas diferenças e agirem de acordo. Eu posso querer trabalhar menos horas por ter um filho ainda novo, mas também aprendi a ser ainda mais produtiva depois que ele nasceu. Empresas enxergam isto? A maioria não.  Falta também a maioria reconhecer a capacidade de lidarmos com cargos de chefia, mesmo agindo e liderando de forma diferente.

Por outro lado, quantas mulheres não concordariam em ganhar menos, trabalhando períodos menores, para estar perto de seus filhos e ao mesmo tempo não se desligar completamente do mercado de trabalho? Para tanto falta também flexibilidade em nossas leis trabalhistas (uma empresa que contrata um funcionário meio período ainda precisa arcar com férias e 13 como se contratasse por período integral).

Na minha opinião falta a nós admitirmos que somos diferentes sim! Antes que me atirem uma pedra digo: mulheres são tão capazes quanto os homens, mas somos diferentes. Homens sempre serão mais racionais, práticos, sempre terão mais facilidade de se desligar dos filhos e da casa, terão mais foco e irão procurar resolver dilemas internamente. Nós sempre seremos mais emotivas, seremos mais comunicativas, capazes de interpretar atitudes e emoções melhor, teremos maior capacidade de realizar diversas tarefas simultaneamente, até mesmo por isso vivemos ligadas prestando atenção em tudo. Viva a diferença!

Homens e mulheres serem diferentes é o que nos torna mais interessantes. É o que muitas vezes nos une, já que nos complementamos. Por que não respeitar e valorizar estas diferenças? Quero continuar sendo diferente! Não quero ser super mulher. Quero ser mulher.



Vale ler aqui o que falou a querida Samantha Shirashi sobre este tema

Um comentário:

Renata Rainho disse...

concordo contigo, não dá pra igualar em tudo.

e também tem que levar em consideração que tem mulheres que são diferentes mas não significa que sejam homens.

ah quando tiver coisa de cama compartilhada me avise que eu escrevo minha versão. dormi sem minha cama , só com meus pais até os 6 anos!

bj